A duplicação das BRs 381 e 262 e outros grandes projetos de estrutura logística voltaram a ser alvo de discussão da classe empresarial e do poder público mineira e capixaba, durante recente encontro promovido em conjunto pelas federações das indústrias de Minas (Fiemg) e do Espírito Santo (Findes). Batizado como Plano Estratégico Minas Gerais e Espírito Santo e lançado em Belo Horizonte no dia 17, o projeto, que reúne o poder público e a sociedade civil, elegeu temas de grande relevância para os dois estados cuja realização possa ser defendida conjuntamente.
De acordo com estudo realizado pelas entidades que lideram o movimento, os investimentos terão grande potencial de geração de emprego e renda, dentro e fora dos dois estados. A previsão é de um aumento do faturamento de aproximadamente R$ 170 bilhões em diversos setores brasileiros durante os anos de execução dos investimentos, dos quais, R$ 60 bilhões em Minas Gerais, R$ 17 bilhões no Espírito Santo e R$ 93 bilhões no restante do país. O mercado de trabalho brasileiro pode ser impulsionado com um incremento de 104 mil postos de trabalho, 47 mil em Minas e 12 mil no Espírito Santo, e com a geração de R$ 33 bilhões de renda salarial. A arrecadação de impostos também pode crescer cerca de R$ 8 bilhões com o andamento do plano, elevando a capacidade dos estados de prover serviços públicos à população.
Na infraestrutura e logística, uma das pautas é a concessão e duplicação das BRs 381 Norte, que liga Belo Horizonte ao Vale do Aço e Governador Valadares, e a 262 Leste, entre João Monlevade, passando por Manhuaçu e indo até Viana, na Grande Vitória. O plano destaca ainda a renovação da concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas, a implantação das estradas de Ferro 118 e 354 e a construção do Contorno Ferroviário da Serra do Tigre.
Durante o lançamento do plano, foi assinado também um termo de parceria para o fortalecimento do setor de rochas ornamentais. O setor representa mais de R$ 1 bilhão nas exportações brasileiras e é responsável por mais de cinco mil empregos no estado de Minas Gerais, além de ter mais de 1600 empresas no estado capixaba.
