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Diretoria estuda “falência” do Cruzeiro

A crise que a cada dia fica pior, com dívidas já confirmadas de R$ 800 milhões, podendo ultrapassar, segundo estimativas ainda não confirmadas, da casa de R$ 1 bilhão, fizeram o atual grupo gestor do Cruzeiro estudar a chance de solicitar à Justiça a sua dissolução como associação, um equivalente jurídico à falência, instrumento que só pode ser aplicado em empresas. Com ela, o patrimônio é utilizado para pagar dívidas e os bens que restarem devem ser entregues a uma outra entidade, igualmente sem fins lucrativos, com um novo CNPJ.

A tomada desta decisão, entretanto, divide as alas políticas do clube. Caso ela aconteça, provocaria a queda do time celeste para a quarta divisão do futebol nacional e para a terceira divisão do estadual. Se seguir por este caminho, o Cruzeiro, que até este ano fazia parte do seleto grupo dos clubes que ainda não haviam sido rebaixados – além dele Flamengo, Santos e São Paulo -, se tornaria sócio de outro grupo não menos importante – de grandes clubes que faliram, foram rebaixados a divisões inferiores e depois voltaram à elite de seus países, como Racing, na Argentina, Rangers, na Escócia, Nápoli e Fiorentina, na Itália.

A dívida estrondosa é que teria, segundo informações não confirmadas, motivado a saída do empresário Pedro Lourenço do cargo de vice-presidente de Futebol. Consultores em finanças e marketing contratados por ele o teriam aconselhado a deixar a nau cruzeirense, pois a notícia da dissolução poderia abalar a imagem do empresário e do seu mega império, cuja faceta mais conhecida é a rede de supermercados BH.

Outra alternativa que vem sendo estudada seria a insolvência, que acontece em razão da incapacidade de pagamento das dívidas, e que pode ser solicitada por qualquer credor. Caso seja declarada, o juiz deve nomear um gestor para gerir os bens que restarem e usá-los como pagamento aos credores. Assim, o clube segue adiante, com sua vida financeira sendo gerida por um interventor judicial e sem a necessidade de rebaixamento, mas, certamente provocaria a perda de propriedades e outros ativos, como direitos econômicos de jogadores, dentre outros.

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