Comerciantes de Bom Jesus estão em campanha arrecadando recursos para custear uma cirurgia que pode levar Arthur Gabriel Mota Rezende, de um ano e dez meses, a enxergar. Para angariar recursos, além dos comerciantes, um grupo de amigos da família está vendendo rifas e mantém duas contas para depósitos em favor de Arthur, para pagamento das despesas das cirurgias.
A primeira cirurgia está orçada em R$ 19,5 mil, um valor que pode variar em função da conduta médica e período de permanência no hospital, que fica em Sorocaba. “Meu marido e eu somos de origem humilde. Trabalhamos e lutamos com dificuldade para pagar aluguel, as contas de água, luz, as despesas com alimentação. O valor das cirurgias é muito alto para nós que somos assalariados. É por isso que estamos contando com a boa vontade das pessoas, para tornar o meu sonho mais importante sendo realizado, ver o Arthur recuperar a visão, afinal ele tem muita vida pela frente”, enfatiza a mãe de Arthur, Adriana Rezende.
Segundo o oftalmologista e cirurgião, Lucas Nicácio, responsável pelo tratamento, Arthur Gabriel está cego devido à catarata que cobre seus olhos e que dificulta a visualização de toda a estrutura ocular. Uma doença na retina também foi identificada, segundo o médico. O médico explica que, inicialmente, Arthur deverá ser submetido a uma operação no olho esquerdo e, caso seja bem-sucedido, o procedimento poderá ser feito também no olho direito que, conforme o médico, apresenta menor possibilidade de ser recuperado.
“Se a visão que apresenta menos complicações não for reestabelecida por meio da cirurgia, não teremos motivos para tentar o procedimento no outro olho. Isso apenas produziria mais sofrimento no menino Arthur”, explica Lucas. Importante referência em oftalmologia no Brasil, o médico explica que Arthur passará por uma cirurgia combinada. “Eu irei operar a catarata e, meu colega, Gabriel Zatti Ramos, a retina. Não adianta solucionar apenas o problema da catarata”, afirmou.
Gustavo Mota, pai de Arthur, conta que a criança nasceu aos sete meses de gestação e precisou ficar 30 dias internado antes de ir para a casa. Logo que Arthur saiu da maternidade, foi levado ao pediatra. O médico constatou que o bebê não enxergava. “Aí, veio o desespero. Fomos a Belo Horizonte em busca de tratamento, mas o médico que atendeu nosso filho não nos deu esperança. Então, minha esposa passou a buscar informações sobre onde levar o Arthur para conseguir a recuperação de sua visão. Assim chegamos ao Lucas, que nos pediu uma série de exames, pagos com a ajuda de amigos”, recorda Gustavo, acrescentando que “novamente voltou a necessitar da colaboração das pessoas para conseguir a primeira cirurgia que precisa ser realizada o mais rápido possível. Apesar da complexidade do caso, conseguimos ver uma luz no fim do túnel. Esse procedimento é a esperança que temos de Arthur voltar a enxergar”, otimiza Gustavo. Ele comenta que é muito triste ver a falta de motivação de Arthur para brincar, já que ele não conta com o estímulo visual. “Tudo que nosso filho faz ao longo do dia é ouvir os programas infantis, quase sempre assentado. A recuperação da visão vai trazer a infância que sonhamos para o Arthur”, finaliza Gustavo.
Depósitos para custeio da cirurgia podem ser feitos nas contas poupança da mãe de Arthur, Adriana Cristina Rezende Paula, nº 19065-2/500 –agência 5132 – banco Itaú, ou na Caixa Econômica Federal – conta nº 00167017-2 – tipo de conta 013 – agência 0106. Telefone para contato (33) 99933-8769.