Em encontro realizado com a diretoria da empresa no último dia 21, em Ipatinga, com a imprensa regional, diversos temas foram abordados e, um especificamente, a reforma do alto forno 3, fora ratificada para 2021. No entanto, a siderúrgica, em comunicado ao mercado expedido no último dia 27, informou que o Conselho de Administração, aprovou o adiamento, por 12 (doze) meses, da reforma do Alto Forno 3 (“AF3”) da Usina de Ipatinga – MG. Dessa forma, o AF3 continuará operando normalmente até meados de 2022, quando a reforma será efetivada.
Cenário econômico doméstico
A lentidão da retomada do crescimento (muito esperado pela classe empresarial) fundamentada nas propostas eleitorais do governo Bolsonaro, especificamente, do seu ministro da Economia Paulo Guedes contribui significativamente para a cautela demonstrada pelo conselho de administração da siderúrgica. Fontes ouvidas pelo Portal N acenavam para o recuo da decisão do conselho da empresa em relação a esse investimento, o que não surpreendeu, totalmente, essa publicação.
Cenário econômico internacional
O Instituto Aço Brasil, entidade em que a Usiminas faz parte e que tem Sergio Leite como presidente do conselho, recebeu com perplexidade a decisão anunciada no último dia 02, pelo presidente dos EUA, Donald Trump, em que anunciou restaurar as tarifas de importação de aço e alumínio provenientes do Brasil e da Argentina, sob o argumento de que estes países têm liderado uma desvalorização maciça de suas moedas, e que isso não é bom para os agricultores dos EUA, uma decisão que pode prejudicar a própria indústria produtora de aço americana, que necessita dos semiacabados exportados pelo Brasil para poder operar as suas usinas.
Sérgio Leite, em conversa com o Portal N, descreveu cenário ainda de domínio do aço chinês e de falta de isonomia para a competitividade no mercado doméstico. Acrescentou que a falta de investimentos em infraestrutura, construção civil e máquinas & equipamentos é determinante para a baixa carga de fábrica.