A prometida reforma do Aeroporto Regional do Vale do Aço, em Santana do Paraíso, deve começar após o período chuvoso, provavelmente em março de 2020. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Infraestrutura de Minas Gerais, Marco Antônio Barcelos, em uma reunião com lideranças regionais na última quinta-feira (22), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. O objetivo do encontro foi apresentar um cronograma da reforma, que será realizado em parceria com o governo federal para a recuperação definitiva da pista, com recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), no valor de R$12,5 milhões.
Segundo Marco Aurélio Barcelos e a subsecretária da Seinfra, Mônica Salles Lanna, o governo estadual está na fase final de elaboração do edital de licitação, que será lançado em breve. A previsão de duração das obras é entre seis a oito meses. Ainda não se sabe se será necessário a interdição total dos voos durante a reforma, mas a proposta é que as obras ocorram em fases, dividindo a pista em duas partes, para permitir pelo menos os voos executivos.
Iniciativa privada no Aeroporto do Vale do Aço
Outro objetivo do Governo do Estado é incluir o Aeroporto no próximo lote de concessão do Governo Federal. A pista em Santana do Paraíso seria assumida pela iniciativa privada, integrando uma lista de aeroportos, sustentado pelo Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O secretário Marco Aurélio afirmou que o esforço é para dar preferência aos aeroportos de Confins e de Ipatinga, além de redefinir o modelo de uso do Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte.
Além, disso, dentro de aproximadamente um mês, a Secretaria de Estado de Infraestrutura também lançará uma consulta pública sobre os hangares no Aeroporto Regional. A ideia é coletar contribuições para o modelo ideal para a construção e uso dos hangares. O objetivo é licitar a concessão com o direito de uso dos espaços para empresários, que poderão construir e operar as estruturas por um determinando período de tempo.
LMG-760 na pauta
Além do Aeroporto do Vale do Aço, a LMG-760 também foi discutida na reunião. Segundo o secretário Barcelos, houve uma tentativa de retomar a obra com recursos da Renova, instituição criada pela Samarco para tratar dos danos causados pela Tragédia de Mariana. O objetivo agora é retomar a pressão sobre a Renova, para que os aportes sejam feitos na região dos Vales do Aço e do Rio Doce.