A tão sonhada implantação da tecnologia 5G promete transformar de vez o processo de comunicação de vários setores produtivos brasileiros devendo ser a infraestrutura de comunicação mais importante da próxima década. Pelo menos é o que espera a Anatel, que informou esta posição em audiência pública nacional que discutiu o assunto. Na reunião, realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, a principal preocupação das empresas interessadas é quanto a um possível atraso no processo, inibindo investimentos e avanços tecnológicos.
Sobre a possível interferência do sinal de 5G na recepção da TV aberta por parabólicas, a Anatel explicou que até o momento não há uma política pública estabelecida pelo Poder Executivo “clara no sentido de como preservar, como conviver e estabelecer mecanismos de convivência entre TVRO (recepção da TV aberta por parabólicas) e o 5G”.
Para o representante da Associação Brasileira de Rádio e Televisão, Wender Souza, defendeu retirada dos radiodifusores da Banda C, utilizada para transmissão da TV Aberta às parabólicas residenciais, e o uso da Banda Ku. Além da distribuição gratuita de equipamentos receptores para a população de baixa renda. No entanto, Tiago Machado, entende ser possível a convivência de grande parte dos receptores de radiodifusão em Banda C na entrada do 5G no país por se concentrarem em localidades periféricas ou rurais onde não deve ocorrer inicialmente a instalação de equipamentos de transmissão de quinta geração.