Seis dias depois de reassumir o cargo, fato ocorrido na última quarta-feira (4), o vereador Osimar Barbosa, o Masinho, foi afastado novamente pela Justiça, que atendeu a um pedido de liminar do Ministério Público (MP). O parlamentar, que foi preso em abril, havia sido solto em 30 de agosto. Com a liberdade em mãos, o parlamentar solicitou junto à Câmara a sua imediata restituição ao cargo, no que foi atendido pela Casa. Em seu lugar, havia assumido, em maio, a suplente Rominalda de Paula. O fato chamou a atenção do promotor Fábio Finoti, que entrou com o pedido de liminar, que foi favoravelmente despachado pela Justiça. Agora, caberà à Câmara, assim que for notificada, proceder o novo afastamento de Masinho, reconduzindo ao cargo, de maneira interina, Rominalda.
Masinho foi um dos vereadores presos em Ipatinga por causa da operação Dolos, promovida pelo Ministério Público, polícias Civil e Militar, que formam o chamado Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que denunciou 12 pessoas na operação, entre vereadores e assessores diretos ou indiretos. Segundo as investigações, os vereadores praticaram diversos crimes contra a administração pública, sendo o principal deles a contratação de assessores, exigindo dos mesmo parte de seus salários, que formavam um fundo que serviria para financiar ações do mandato ou mesmo despesas pessoas do parlamentares.
Desde fevereiro, foram presos os ex-vereadores Paulo Reis (PROS), Rogério Antônio Bento (sem partido), José Geraldo de Andrade (Avante) e Wanderson Gandra (PSC), que perderam os mandatos ou renunciaram aos cargos. Gilmar Ferreira Lopes (PTC), Luiz Márcio Rocha (PTC), assim como Masinho, não renunciaram, estando, legalmente, afastados do exercício da atividade parlamentar.