Lojistas procuram o Sindcomércio e reclamam sobre vendedores ambulantes “brotando” no Centro e da instalação de barracas de feiras em espaços públicos
O avanço do comércio informal nas ruas de Ipatinga, sobretudo no Centro, tem tirado o sono de empresários que procuraram, esta semana, o Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) do Vale do Aço. Vendedores ambulantes que expõem produtos diversos sobre carros ou bancas, nas portas das lojas e de muitas outras maneiras improvisadas têm aumentado a chamada “concorrência completamente desleal”, conforme definem os lojistas. Outro problema, apontam os comerciantes, diz respeito a barracas de feiras instaladas em espaços públicos, principalmente em praças, nas vésperas de datas comemorativas.
Os empresários aguardam ansiosos a chegada de três datas (Dia das Crianças, Black Friday e Natal) importantíssimas para o comércio de Ipatinga. “Uma época em que as vendas aumentam muito, sendo um período crucial para sobrevivência de nossas lojas. Não podemos ser afetados por essa concorrência totalmente desproporcional”, observa José Maria Facundes, presidente do Sindcomércio, sindicato que representa os empresários que estão legalmente estabelecidos no município.
Facundes salienta que o meteórico aumento do comércio informal tem prejudicado muito quem está dentro da lei, uma vez que para manter as portas abertas existem muitas e onerosas exigências. “Diariamente temos sido surpreendidos por centenas de vendedores ambulantes e precisamos que uma fiscalização com foco nesses ‘comerciantes’ seja intensificada, uma vez que, além de não estarem legalizados, trata-se de algo que claramente configura concorrência desleal e que muito nos prejudica nesta batalha que é manter as portas de nossas lojas abertas”, reforça o dirigente sindical.
Feirantes
Outro grave problema enfrentado pelos lojistas de Ipatinga que acionaram o Sindcomércio diz respeito aos feirantes do município que – com a aproximação das principais datas comemorativas do comércio –, vêm para o Centro e se instalam nas praças 1º de Maio e José Júlio do Costa, entre outros locais. “Os feirantes que ocupam esses espaços públicos estão devidamente estabelecidos? Há o pagamento de aluguel e impostos? Não sabemos! Certo é que se trata de mais uma injusta concorrência para os empresários que cumprem à risca suas obrigações fiscais e tributárias”, analisa José Maria.
Solicitações
Por meio de ofícios enviados nesta quinta-feira (19) à prefeitura municipal, à Câmara, à Superintendência Regional de Fazenda e ao Ministério do Trabalho e Emprego, o Sindcomércio Vale do Aço pediu que os espaços públicos não sejam liberados nas vésperas das datas comemorativas, bem como haja uma incisiva fiscalização sobre os vendedores ambulantes. “Elencar justificativas para isso é tarefa simples: não há o pagamento dos devidos impostos, a mão de obra é informal e, em alguns casos, há a venda de produtos aparentemente de má qualidade e procedência duvidosa. Vale lembrar, ainda, que o objetivo das praças é propiciar às pessoas um local para o lazer e qualidade de vida. A finalidade não é ser um mercado a céu aberto”, finaliza Facundes.