Um relatório referente ao trecho da BR-381 no Vale do Aço, elaborado pela Armva (Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana do Vale do Aço), e entregue esta semana para a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) destacou que, em 30 anos, este trecho da rodovia deverá entrar em colapso, caso alguns fatores não sejam avaliados. O objetivo do relatório foi apresentar as principais necessidades de intervenção na rodovia que corta os municípios de Periquito, Naque, Belo Oriente, Santana do Paraíso, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Timóteo, Jaguaraçu e Antônio Dias.
O principal ponto levantado foi o fluxo de veículos que circulam no perímetro urbano de Ipatinga. De acordo com o diagnóstico, a quantidade suportada por um determinado tempo, está próximo ao nível E, ou seja, no seu limite máximo de capacidade. O relatório apontou que até 2050, a frota de veículos da RMVA deve ter um crescimento de quase 70%. Com isso, todos os pontos do trecho que hoje se encontram entre os níveis D e E, provavelmente atingirão o nível F na maior parte do tempo. Isso indica que é necessário defender a ampliação da capacidade de fluxo da via através de alternativas como aumentar a velocidade permitida, a construção de via suspensa ou mesmo de um novo contorno rodoviário.
O documento ainda ratifica uma série de pontos a serem melhorados como as alças de acessos a Fabriciano e Timóteo, que hoje são cortadas por um anel rodoviário inaugurado no início deste século e que deixou as cidades isoladas da 381, implicando no surgimento de um acesso irregular para Timóteo e o uso de vias urbanas pelas indústrias instaladas nas duas cidades. Outra importante demanda é a construção de um acesso do Hospital da Unimed que em 2018, realizou 67 mil atendimentos. Outras obras importantes seriam os acessos aos bairros Parque Caravelas e Águas Claras, no Paraíso e uma rotatória de acesso as cidades de Jaguaraçu e Marliéria.