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Fertilizantes Heringer será controlada pelos russos

Uma das mais antigas e tradicionais empresas do setor de fertilizantes, a Heringer, passará a ser controlada por empresários russos. Segundo a Revista Exame, os grupos Uralkali e Uralchem serão titulares de ações que representarão o controle da companhia. O Uralkali é um grupo produtor e exportador de fertilizantes à base de potássio, enquanto Uralchem é produtor e exportador de nitrogênio e fertilizantes complexos. Caso o negócio seja confirmado, haverá uma ampliação significativa da competição no mercado nacional de fertilizantes, hoje dominado pelas gigantes globais Yara e Mosaic.

Fundada no final dos anos 60 em Manhuaçu, na Zona da Mata, pelo engenheiro agrônomo Dalton Dias, a Fertilizantes Heringer começou suas atividades fornecendo seu produto para cafeicultores da região. Desde então, o negócio, que começou como empresa familiar, cresceu e ganhou nova dimensão, chegando a disputar a liderança do mercado brasileiro. Apesar do ramo ainda está aquecido, a Heringer vem, nos últimos anos, passando por uma série de dificuldades financeiras, tendo, em fevereiro deste ano, entrado com um pedido de recuperação judicial na Comarca de São Paulo, onde a empresa mantém atualmente sua sede.

A empresa chegou a subscrever ações pelos investidores a R$ 2 por papel em aumento de capital de até 115 milhões de dólares. O valor por papel representa um prêmio em relação à cotação de fechamento da última sexta-feira, de 1,90 real. Na úlima segunda-feira, 23, as ações da Heringer chegaram a subir 23,68%, na máxima da sessão, a 2,35 reais, antes de entrarem em leilão. Segundo o fato relevante, os investidores se comprometeram a subscrever a totalidade das ações não subscritas por outros acionistas, em decorrência do exercício de seus respectivos direitos de preferência, e o acionista controlador também cede seus direitos de subscrição.

Dessa forma, o investimento a ser feito pelos investidores será de, no mínimo, 59 milhões de dólares, dependendo do câmbio. Alternativamente, disse a Heringer, os grupos russos poderiam adquirir ações de emissão da companhia representativas de, pelo menos, 51,5% do capital social votante da companhia de titularidade do acionista controlador, pelo valor de 2 reais por ação e, posteriormente, subscrever ações em aumento de capital da companhia.

Segundo informações do site da Heringer, o controlador detém 51,48% de participação na empresa, enquanto a OCP, do Marrocos, conta com 10%, e a canadense PCS tem 9,5%.

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