Se as regras fixadas pela ANTT para a duplicação da BR 381 forem cumpridas, o fim das obras da rodovia, no trecho entre Belo Oriente a Governador Valadares, só deve acontecer daqui a 21 anos, ou seja, em 2040.
O primeiro ciclo de duplicação, entre BH e Belo Oriente (248 quilômetros), deve ficar pronto entre o terceiro e o oitavo ano da concessão (2023-2028). Já o segundo ciclo, que vai duplicar a estrada até Valadares deve acontecer apenas entre o 15º (2035) e 20º ano (2040) da concessão que terá duração de 30 anos, entre 2020 e 2050.
E se o que está ruim ainda não possa ficar pior, a justificativa dos técnicos da agência é que este prazo evitará que o pedágio a ser cobrado de R$ 8,54 para pista simples e R$ 11,10 para pista duplicada seja ainda maior. Vereadores e secretários municipais da região do Vale do Rio Doce questionaram os técnicos da ANTT sobre a cobrança de pedágio antes de a estrada estar efetivamente duplicada.
A previsão da agência é que somente um ano após a empresa assumir a concessão da BR-381 será permitida a cobrança de pedágios. Caso o processo de licitação seja bem-sucedido o plano é que a empresa vencedora do edital assuma o trecho em setembro de 2020. Ela poderá cobrar pedágio a partir de setembro de 2021. Ainda de acordo com o cronograma da ANTT, entre os dois primeiros anos da concessão serão feitas intervenções emergenciais na via e a partir do terceiro ano serão feitas obras de recuperação da rodovia.
Somados com os gastos programados para a BR-262, que também será concedida à iniciativa privada, estão previstos investimentos de R$ 9,1 bilhões e mais R$ 5,6 bilhões em custos operacionais ao longo das três décadas de concessão. A ANTT informou também que pretende concluir as obras em andamento nos lotes 3 e 7 da duplicação até o final deste ano.