A Passaredo ainda nem entrou de vez no mercado macro da aviação comercial brasileira, mas parece já ter criado uma rivalidade igual aquelas que envolvem times de futebol. O alvo da empresa do interior paulista é a Azul, que estaria, segundo o CEO da companhia, Eduardo Busch, assediando seus pilotos, alguns deles de forma sistemática, oferecendo vagas para pilotarem seus aviões à jato.
Do outro lado, a Azul negou de forma veemente as acusações da rival, admitindo apenas que sua política de contratações segue o bom momento do mercado aéreo nacional, que demanda pela contratação de novos profissionais, sejam pilotos ou comissários.
A novela da briga entre a Azul e a Passaredo se acirrou nos últimos meses, quando a segunda conseguiu o direito de operar voos à partir de aeroporto de Congonhas, o mais movimentado do país em rotas domésticas, podendo, inclusive voar na cobiçada ponte aérea para o aeroporto Santos Dumont, no Rio.
A estratégia da Passaredo, que este mês anunciou a compra da amazonense MAP é, a partir de Congonhas, voar não apenas para a capital fluminense, mas também para cidades do interior do país onde hoje a Azul reina absoluta como única – e cara – opção. Isso provocou uma conduta agressiva da Azul, que vem tentando de todas as formas desqualificar a Passaredo, visando tirá-la do mercado o quanto antes.