No fim da semana passada, o governador Romeu Zema esteve no Vale do Aço, mais precisamente no Hospital Márcio Cunha e na sede da Associação Comercial, Industrial, Prestação de Serviços e Agropecuária de Ipatinga, Aciapi, conversando com diversas lideranças empresariais.
Em seu discurso, o governador lamentou ter herdado um estado com vários problemas, mas ressaltou que desde o início de sua gestão trabalha para o desenvolvimento de Minas Gerais. Para isso, um dos seus objetivos tem sido economizar o máximo possível. “Estou assumindo a responsabilidade de governador, que antes não era assumida. Minas Gerais tem jeito e vamos reerguer o estado novamente. Temos um funcionalismo público de qualidade e com competência. Então agora vamos lutar na guerra da forma certa”, destacou.
Zema, em agenda positiva, anunciou a regularização do repasse aos municípios, pagamento de fornecedores e a confirmação do investimento da Fiat na construção de sua planta de motores. Falou da isenção de IPVA para os veículos movidos a GNV, mas encontrou dificuldades para oferecer respostas a diversas indagações, quando a palavra esteve aberta.
Perguntas sem respostas
Um dos questionamentos foi feito por uma empresária do segmento de automecânica/conversão de veículos a gás a respeito do decreto assinado na última quarta-feira (22) isentando do pagamento de IPVA veículos novos, fabricados em Minas Gerais, cujo motor de propulsão seja movido a gás natural. Ela indagou sobre os aumentos consecutivos do GNV, alegando sobre o impacto negativo em toda a cadeia (de postos a convertedoras). Acrescentou que a isenção constante no decreto seria válida apenas para veículos novos e fabricados no estado, e apresentou divergência entre a lei do IPVA que trouxe essa isenção no mesmo artigo da isenção dos deficientes, autônomos, dentre outros, tratando-se, no caso, de uma isenção perene, ou seja, enquanto durar a condição(estava disposto que valeria apenas até o último dia do exercício financeiro do ano da aquisição). Perguntou, por fim, sobre como ficariam para os demais usuários (os que já possuem carros convertidos para GNV).
Na sua resposta, Zema atribuiu culpa dos aumentos consecutivos no preço do GNV ao monopólio da Petrobrás e que Bolsonaro está tentando quebrar esse monopólio justamente para fomentar as indústrias, uma vez que vai reduzir o custo com energia. No entanto, para as demais perguntas do decreto, reconheceu que o teor do que assinara precisaria recorrer a uma leitura mais aprofundada e consultaria às assessorias para responder os pontos levantados pela empresária. Talvez seja o ponto negativo de sua passagem, uma vez que tamanha importância de um item que componha uma agenda positiva do governo não esteja, digamos, “na ponta da língua”, uma vez já foi assinado.