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Toyota demitirá 350 funcionários em Sorocaba

Toyota demitirá 350 funcionários em Sorocaba

A crise no mercado argentino terá impacto direto em Sorocaba a partir de junho. Por conta da queda no volume de exportação de seus veículos, a Toyota adotará uma medida rara em sua trajetória no Brasil, onde atua há 60 anos: vai demitir cerca de 12% de seus funcionários da linha de montagem.

A informação é de que a empresa pretende demitir entre 340 e 350 trabalhadores, de um total de pouco mais de três mil, a partir de 24 de junho, como já foi comunicado pela direção da empresa aos funcionários. Esse número corresponde à metade dos trabalhadores contratados no final do ano passado para dar início ao terceiro turno da empresa, que produz duas linhas de veículos – o Etios, lançado em 2012 e é muito bem aceito em outros países da América Latina, sobretudo na Argentina, e o Yaris, lançado no ano passado.

Circulou também entre os funcionários uma “mensagem corporativa” de um dos diretores da empresa, em que ele revela que a Toyota fechou o ano com déficit fiscal de R$ 880 milhões e precisou recorrer mais uma vez à matriz japonesa em busca de recursos. Funcionários da fábrica afirmam que um representante da diretoria chegou a conversar com eles e que teria admitido a desativação do terceiro turno se não houver reação do mercado.

Segundo informações da empresa, aproximadamente 30% da produção da fábrica de Sorocaba — tanto do Etios quanto do Yaris — era exportada para a Argentina. O Etios chegou a ser o carro mais vendido naquele país anos atrás. Mas com a crise argentina foi necessário reajustar a produção para a nova realidade.

A Toyota informa ainda que a dispensa vai atingir principalmente aqueles que ainda têm contratos temporários, que não serão renovados. Para atingir as 350 dispensas num primeiro momento será usado o Pano de Demissão Voluntária (PDV).

Auto demissão

Para enfrentar a crise, além das demissões previstas, a Toyota proporá um PDV e, em reunião com os trabalhadores, apresentou uma pauta de negociação bastante dura. São 20 tópicos que significam um aperto de cinto nos próximos três anos em vários setores.

O item 1 dessa pauta propõe reajuste salarial zero em 2019, reajuste de 50% da inflação em 2020 e 100% da inflação em 2021. Além disso, aumento real zero nos três anos; redução de adicional noturno e do adicional sobre horas extras; banco de horas para mensalistas; implantação de coparticipação no plano de assistência médica, entre outros. No momento, discute-se quais serão os critérios para as demissões, o que traz muita insegurança para os funcionários.

A Toyota tem hoje perto de três mil funcionários em Sorocaba. Juntamente com a Honda, outra indústria japonesa instalada no Brasil, foi uma das poucas montadoras a atravessar a crise dos últimos anos sem cortes. Pelo contrário, as duas sempre regularam sua produção para trabalhar com baixos estoques e chegaram a registrar crescimento no período.

Não se sabe que impacto as demissões e a queda de produção trará aos sistemistas instalados no entorno da fábrica de Sorocaba. São pelo menos dez indústrias que fornecem componentes direto na linha de produção e empregam centenas de trabalhadores.

Um histórico de sucesso em Sorocaba

A fábrica de Sorocaba foi inaugurada em 2012 para produzir o primeiro compacto da marca no Brasil. O modelo escolhido foi o Etios, que já circulava em países asiáticos.

Com reconhecidas qualidades técnicas e mecânicas, foi criticado pelo desenho conservador e austero. Seu lançamento coincidiu com o do Hyundai HB20 e do Chevrolet Onix, outros dois compactos de grandes montadoras, mas com desenho mais atual.

O Yaris, o segundo modelo produzido na planta de Sorocaba, foi melhor recebido pelo mercado

Aos poucos, entretanto, o Etios foi conquistando os consumidores, principalmente a partir de algumas alterações pontuais em seu design. O curioso é que o carro foi muito bem aceito na Argentina, principalmente a versão sedã, onde, em tempos de economia estável, chegou a ter fila de espera nas concessionárias.

O Yaris, o segundo modelo produzido na planta de Sorocaba, foi melhor recebido pelo mercado, pois trouxe desenho mais atual e alguns equipamentos apreciados pelo consumidor, como o câmbio automático CVT.

A fábrica de Sorocaba deveria produzir um SUV compacto que usaria a mesma plataforma do Yaris. O cronograma de produção desse modelo foi revisto e só deverá ser retomado daqui a dois anos.

A previsão da Toyota era aumentar em 23% a produção na fábrica local neste ano. Em 2018 foram fabricados 125 mil veículos na unidade, sendo 80 mil Etios e 45 mil Yaris. Com o terceiro turno em funcionamento, a previsão para 2019 era produzir 154 mil veículos até o final do ano, dos quais 59 mil seriam Etios e 95 mil, Yaris.

Segundo o fabricante, de janeiro a abril deste ano foram produzidos em Sorocaba 50 mil veículos entre os dois modelos, cerca de 25% a mais que no ano passado, resultado da entrada em funcionamento do terceiro turno.

Para suprir com motores a fábrica de Sorocaba, a Toyota inaugurou em maio de 2016 a fábrica de motores de Porto Feliz (SP). A unidade passou a produzir os motores 1,3l e 1,5 l utilizados no Etios e Yaris. Antes os motores eram importados. Passou mais recentemente a produzir motores para a linha Corolla, produzido na fábrica de Indaiatuba.

Fonte: Cruzeiro do Sul

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