Conhecido por seus comentários ácidos, sobretudo, nos tempos do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef e da operação Lava Jato, o Historiador Professor Marco Antônio Villa foi afastado, pela direção da Rádio Jovem Pan, por 30 dias, do Jornal da Manhã na última sexta-feira (24). Não tardou para circular nas redes que esse afastamento se deve ao presidente Jair Bolsonaro, em função do alinhamento político da emissora com o atual governo. Outrossim, rumores de sua demissão foram amplamente disseminados forçando, vir a público, estabelecer a verdade.
Não é a primeira vez que a emissora afasta ou demite jornalistas por causa de comentários não alinhados a sua ideologia política. Mesmo com viés ideológico de direita (ou anti-esquerda) o ex-Casseta e Planeta, Marcelo Madureira, que participava do programa “Três em Um” fora demitido no mês de outubro por estar entre vários artistas, advogados, ativistas e empresários, que assinou o manifesto “Pela democracia, pelo Brasil” , contra o candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da república. A hipótese de relação entre sua demissão e o gesto político foi aventada pelo colunista de O Dia .
Outra que passou por isso em fevereiro de 2018 foi a deputada federal e líder do governo na Câmara Joice Hasselmann, que perdeu seu cargo de âncora do programa Pingos nos Is. Ela tinha assumido a atração da Rádio Jovem Pan em junho de 2017, após a saída de Reinaldo Azevedo. Joice afirma em vídeo gravado no seu canal de YouTube que chegou a receber uma proposta da Pan para assumir outro programa, mas que se recusa a ser “biruta de aeroporto”, mudar de opiniões de acordo com a rádio.
No início de 2017, por ter posições independentes, o Âncora do Jornal da Manhã, Paulo Pontes, após completar 21 anos na Jovem Pan, foi demitido no dia seguinte. Para mim, desde sempre, Lula, Aécio, Temer, Alckmin e milhares de outros se equivalem. Mas a lei [na rádio] era só criticar o PT e abafar o resto…”, desabafou no Facebook.
Veja vídeo: