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“Meu Buse”: Inovação tecnológica no transporte público.

O fim do dinheiro de papel, segundo reportagem da BBC de Londres, é uma morte anunciada na Suécia: até 2030. As cédulas e moedas deverão virtualmente desaparecer no país, que lidera a tendência global em direção à chamada “sociedade sem dinheiro”. A projeção é do Banco Central sueco. É o prenúncio de uma nova era, dizem especialistas. A previsão é de que, no futuro, as economias modernas serão dominadas pelo uso do cartão e da moeda eletrônica em escala mundial. Para se ter uma ideia, na capital, Estocolmo, cresce o número de restaurantes e lojas que estampam o aviso: “Não aceitamos dinheiro”.

No Brasil, o então deputado federal Reginaldo Lopes (PT), no ano passado, apresentou Projeto de Lei 48/2015, que propõe a extinção de “produção, circulação e uso do dinheiro em espécie, e determina que as transações financeiras se realizem apenas por meio do sistema digital que ainda tramita na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

No Vale do Aço, durante as festividades do aniversário de Ipatinga no Parque Ipanema, uma nova ofensiva na direção da redução da circulação de papel moeda chamou a atenção. Uma “tenda-estande” divulgava a criação de um novo “dinheiro-digital”. Um cartão que, ao mesmo tempo propõe tirar de circulação dinheiro em espécie nos coletivos urbanos e propõe benefícios de “fidelidade” (até estranho, já que o transporte público urbano não é concorrencial. É uma concessão em caráter de monopólio há décadas – dificilmente mais que uma empresa prestam serviços a um município ao mesmo tempo ou com linhas/itinerários semelhantes). O cartão digital alia, também, aplicativo para dispositivos móveis (celulares e smartphones) que, entre outras funcionalidades, acompanha o trajeto do ônibus em tempo real, proporcionando estimativa para a chegada no ponto de espera do usuário (semelhante aos do Uber, 99, etc.).

Contraponto

Semana passada, aqui, nesse mesmo espaço, apresentei o atraso das empresas de transportes intermunicipais e interestaduais na utilização de inovações tecnológicas e atualização dos seus processos administrativos e de vendas. Aqui, em nossa região, o surgimento de meios de pagamentos virtuais com aplicações agregadas em dispositivos móveis dá sinais de que o setor começa a se mexer. Ainda assim, o modelo não concorrencial torna a velocidade das mudanças apenas impulsionadas quando se dá a renovação das concessões que, para justificar aumentos nos preços das passagens(sempre com lastro “planilhável” discutível), os prefeitos indicam exigências de melhoria nos serviços (que acabam se dissipando com o tempo).

Conveniência e Agilidade

A questão é o entendimento que as maiores demandas dos usuários de transportes coletivos são a conveniência (disponibilidade de ser atendido a qualquer momento) e a agilidade (mitigação de trajetos para alcance do destino no menor tempo possível), o que o modelo atual, baseado em carros enormes com capacidade superior a 40 passageiros, horários demasiadamente espaçados e conforto próximo de zero (coisas que Uber e outros aplicativos de “caronas pagas” entenderam) não atendem. Outros aspectos que concorrem são a virtualização da resolução de problemas do cidadão (sites que geram guias de pagamento de taxas governamentais, internet banking e educação à Distância – EaD) e o “tele-trabalho” que tiram usuários de circulação. Com a internet, seu crescimento exponencial em todo território nacional, a crescente velocidade de download e uploading e preços cada vez mais competitivos impõe uma cura concorrência ao transporte público.

Voltando às vacas frias…

Com isso, além dos cartões de débito, meios de pagamento eletrônico (maquininhas) e a utilização de aplicativos contribuem, sobremaneira, para a celeridade da extinção da espécie “papel moeda”. De acordo com a última edição da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, o número de transações com movimentação financeira por meio de ferramentas digitais subiu de 4,4 bilhões, em 2016, para 5,3 bilhões em 2017. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Créditos e Serviços (Abecs), no terceiro trimestre de 2018, as compras com cartões de crédito, de débito ou pré-pagos cresceram 14,7%, em comparação ao terceiro trimestre de 2017. É o maior avanço desde 2014. No período, a população brasileira movimentou R$ 391,1 bilhões em transações. 

BOX- “MEU BUSE” – Com o objetivo de oferecer maior comodidade ao usuário de transporte público, a concessionária municipal, com atuação em diversos municípios no estado, lançou cartão magnético e aplicativo para dispositivos móveis (celulares e smartphones) atualizando o modelo oferecido, até o momento.

Equipe de marketing do cartão Meu Buse

Além de evitar a circulação de papel-moeda, possibilita por meio de aplicativa acompanhar o trajeto do ônibus pelo usuário em tempo real.

Outro aspecto importante são as versões para atendimento à legislação. Há cartão específico para a passagem estudantil, para a gratuidade de idosos e de portadores de necessidades especiais.

O cartão é gerenciado pela empresa Buse que faz parte do Grupo Empresarial Saritur que atua desde 2006 em Ipatinga.

 

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