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Crise no Cruzeiro suscita debate Clube-empresa

A reportagem exibida pelo Fantástico sobre os negócios do Cruzeiro em que o Clube cedeu parte dos direitos econômicos de 10 jogadores – sendo um deles um menor de 12 anos – ao empresário Cristiano Richard dos Santos Machado, além do relacionamento questionável com as torcidas organizadas suscitam o debate em torno de legislação que obrigue os clubes de futebol a se adequarem ao atendimento de pré-requisitos legais como hoje as empresas estão submetidas, algo nos moldes “Clube-empresa”.

Entenda

No Brasil, o primeiro clube-empresa foi o União São João, criado como associação sem fins lucrativos, mas convertido em 1994, ainda sob a vigência da Lei Zico, que facultava aos clubes de futebol transformarem-se em empresas. Com o advento da Lei Pelé, que revogou a Lei Zico, o que era uma faculdade, passou a ser uma obrigação, e todos os clubes de futebol profissional do Brasil deveriam necessariamente se tornarem empresas. Tal prazo foi estendido, posteriormente, para mais um ano, até que finalmente, em 2000, a Lei n° 9.981 tornou a obrigatoriedade, novamente uma opção dos clubes. O doutrinador Alexandre Bueno Cateb, de qualquer forma, faz pesadas críticas à legislação em vigor, uma vez que em tese, transfere para os associados dos clubes a responsabilidade solidária e ilimitada, ainda que na prática, tal dispositivo nunca tenha sido aplicado.

Sendo opção dos clubes, o processo de profissionalização da gestão dos clubes de futebol perdeu esse impulso e o que foi apresentado na reportagem exibida pelo Fantástico ontem poderá encontrar “eco”, se o mesmo for realizado com outros clubes país afora. Mas, não surpreende, pelo menos no Vale do Aço, o que se atribui a atual diretoria do clube celeste, uma vez que o polêmico dirigente, Itaí Machado, não deixou saudades pela passagem como presidente do Ipatinga Futebol Clube. Durante o período em que esteve à frente do Clube interiorano levou-o ao ápice com o título de Campeão Mineiro, acesso a série A do Brasileiro e semifinalista da Copa do Brasil e o deixou na bancarrota da terceira divisão do campeonato mineiro 10 anos após seu principal título.

Assista a reportagem:

https://www.youtube.com/watch?v=q6vLtgO0Sv0

As irregularidades

Um empresário de nome Cristiano Richard empresta R$ 2 milhões de reais. Um mês depois o clube diz não tem dinheiro para pagar este empréstimo (o clube que fatura quase R$ 400 milhões/ano e não tinha R$2 milhões para pagar o empréstimo) e entrega, para este empresário, que não é do ramo do futebol, uma cesta com um time inteiro de jogadores, inclusive uma criança, o jovem Estevam William Gonçalves.

 

 

 

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