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Nova paralisação dos caminhoneiros pode acontecer em breve

Paralisação dos caminhoneiros em 2018

O aumento de R$ 0,10 no litro do diesel, anunciado pela Petrobras e que começou a vigorar nessa quinta (18/10), pode trazer consequências inesperadas pelo Governo. Em entrevista a um podcast do Grupo Estado, o representante dos caminhoneiros Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco, anunciou que há uma mobilização do grupo para uma paralisação a partir da meia noite do dia 29 de abril. Segundo ele, o movimento, que já tem adesão de grande parte da categoria, deve atingir o Brasil inteiro e ganhar força com o passar dos dias.

Há alguns meses se especula um possível protesto do grupo, em virtude da falta de acordo concreto com o governo. A paralisação dos caminhoneiros, anteriormente prevista para o dia 21 de maio, foi antecipada devido ao último aumento no preço do combustível que, segundo Dedéco, não será o único. “Estamos cientes de que, dentro de 14, 15 ou 16 dias vai ter outro aumento do diesel, e esse aumento de R$ 0,10/litro já afetou em R$ 1 mil o lucro mensal, e o frete continua o mesmo.”

A paralisação está recebendo o nome de Onyx Lorenzoni porque, segundo Dedéco, é a falta de diálogo por parte do ministro-chefe da Casa Civil a maior causa de descontentamento da categoria. Ele afirma que os caminhoneiros estão abertos ao diálogo e, caso haja interesse por parte do governo em negociar e chegar a um acordo que favoreça a classe, a paralisação do dia 29 pode ser cancelada. 

Assim como o ocorrido no ano passado, toda a movimentação está sendo feita em grupos fechados nas redes sociais, compostos apenas por caminhoneiros. Wanderlei Alves afirma que espera que o governo queira conversar para evitar consequências semelhantes à última paralisação na economia.

Paralisação dos caminhoneiros em 2018

Iniciada em 21 de maio de 2018 e com duração de 11 dias, a greve dos caminhoneiros bloqueou vias em pelo menos 20 estados brasileiros, impediu o abastecimento em várias cidades e causou a paralisação de diversos serviços públicos, como voos e transporte de pessoas e causou um prejuízo estimado em, pelo menos, R$ 75 bilhões.

A paralisação foi motivada pelo acúmulo de mais de 50% no valor dos combustíveis, motivados pela nova política de preços estabelecida pelo governo Michel Temer. Além da diminuição no valor do diesel, que foi uma das exigências atendidas pelo governo e ajudou a colocar fim à greve, a categoria exigia melhores condições nas rodovias do país e manutenção da tabela do frete de cargas.

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