Em depoimento prestado ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), o vereador José Geraldo Andrade confessou que desviava recursos, oriundos do recolhimento de parte dos salários dos assessores de seu gabinete.
Andrade reconheceu ainda que a prática era algo criminoso, mas, em sua defesa, alegou que tal conduta é praticada desde sempre na Câmara de Vereadores de Ipatinga e que outros vereadores também fariam isso. Curiosamente, Andrade, o último a ser preso, foi o primeiro a confessar o crime investigado pela Operação Doulos,
Segundo o Gaeco, Andrade disse que usava os recursos arrecadados para ações politicas de seu mandato como o patrocínio de times do futebol amador, doações e promoção de eventos que evidenciassem seu nome junto ao eleitorado.
Ele está detido provisoriamente desde última quinta-feira (14) na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba. Lá também estão, desde fevereiro, os vereadores Wanderson Gandra (PSC), Luiz Márcio (PTC), Rogério Antônio Bento, o Rogerinho (sem partido) e o assessor de gabinete Ivan Teixeira. O ex-vereador Paulo Reis, para quem Ivan trabalhava como chefe de gabinete, fugiu, renunciou ao cargo e tem um mandado de prisão contra si.