Zema defende ampliação do turismo religioso em Minas

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, defendeu a ampliação do turismo religioso em Minas, como uma das formas de alavancar a economia do Estado. A afirmação foi feita durante reunião da Comissão Episcopal de Pastoral, realizada nesta terça-feira (26) no Palácio Cristo Rei 1, em Belo Horizonte. O encontro contou com a presença de arcebispos metropolitanos e bispos de diversas regiões do estado, que discutiram diversos temas comuns entre a Igreja e o governo estadual.

Segundo Zema, um dos grandes exemplos do turismo religioso é o Santuário Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que atrai milhares de visitantes anualmente. “Vamos fazer um trabalho em conjunto nesse sentido. Queremos que o santuário seja visitado por milhões de pessoas. Minas tem potencial enorme no turismo, gera renda e tira as pessoas de situação de vulnerabilidade. Então é possível sim somarmos forças”, afirmou o governador.

Romeu Zema também recebeu, como homenagem, uma bandeira de Minas Gerais, que foi abençoada pelo papa Francisco, durante a Jornada Mundial da Juventude, ocorrida no Panamá, em janeiro deste ano, no fim de semana em que houve o desastre em Brumadinho. Na ocasião, papa Francisco fez prece aos mineiros afetados pela tragédia. A entrega da bandeira foi feita pela jornalista mineira Maria Emília Duarte, que cobriu o evento papal na América Central.

O arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, destacou o interesse da Arquidiocese em auxiliar o Estado no desenvolvimento do turismo. “Temos um patrimônio sacro que pode alavancar a economia por meio do turismo religioso. Fazemos um trabalho no santuário e sabemos que esse tipo de turismo é um dos que mais cresce e, assim, movimenta a economia. Podemos manter um diálogo para nos aproximar nessa atuação”, completou o arcebispo.

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O fim de uma era: Bretas encerra atividades no Vale do Aço

Neste domingo, 11 de maio, a rede de Supermercado Bretas, outrora dominante na região, encerrou oficialmente suas operações no Vale do Aço. As unidades de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo serão assumidas pela rede de Supermercados BH, que inicia a administração já nesta segunda-feira, dia 12. A previsão é que as lojas reabram ao público na próxima quinta-feira, dia 15, já com nova identidade visual e mudanças operacionais que vêm sendo aguardadas com expectativa. No sábado, véspera do fechamento, a reportagem do Conex10 visitou duas das unidades da rede (Centro de Ipatinga e Caravelas) e o cenário era de tranquilidade, mas de clima total de fim de ciclo. Corredores quase vazios, poucos carrinhos sendo empurrados e um silêncio que contrastava com a movimentação típica de um final de semana. As prateleiras estavam abastecidas, mas clientes e funcionários em ritmo de despedida indicavam a conclusão de uma trajetória que marcou a história do comércio varejista da região por mais de três décadas. Funcionários ouvidos pela reportagem, que preferiram não se identificar, disseram que a maioria continuará empregada, agora sob a bandeira do BH. “A expectativa é boa. Sabemos que o BH está em expansão, e esperamos que venham novos tempos, com melhorias e mais estrutura”, disse um funcionário com anos de casa e que confirmou sua permanência neste primeiro momento. Outro acrescentou: “A gente sente um misto de tristeza mas de esperança. O Bretas foi importante, mas chegou a hora da virada.” Entre os clientes, muitos expressaram sentimentos nostálgicos. A dona de casa Maria Aparecida Nogueira, cliente fiel há mais de 20 anos, lamentou o fim. “Fiz minhas compras aqui por anos e anos. É triste ver tudo acabar assim.” Já o economista aposentado João Batista Oliveira lembrou que o setor supermercadista mudou muito nos últimos 15 anos. “Depois que deixou de ser dos donos, o serviço piorou, os preços subiram, e os concorrentes, alguns até menores e outros gigantes do setor, tomaram conta.” A estudante Larissa Abelardo comentou que, mesmo sentindo saudades, está curiosa para ver o que a nova rede trará. História de sucesso e ocaso comercial  Fundado no final dos anos 40 em Santa Maria do Itabira, o Bretas chegou ao Vale do Aço com sua primeira loja em Timóteo, em 1988, no bairro Centro-Norte (Acesita). Posteriormente, a empresa trouxe sua sede administrativa para a região, expandindo sua presença para até dez lojas nas três principais cidades. No entanto, com a chegada de novos concorrentes e mudanças na gestão, após a venda para o grupo chileno Cencosud, em 2010, o Bretas foi perdendo espaço e força e, pior que isso, não esboçou nenhuma reação no sentido de recuperar este lugar. O encerramento de suas atividades neste domingo sela a conclusão de uma trajetória, mas também marca o início de uma nova fase no varejo regional. O Bretas teve sua venda ao BH anunciada em 7 de fevereiro. No Vale do Aço, a noticia foi dada em primeira mão pela Rádio Jovem Pan. O acordo girou em torno de R$ 716 milhões, envolvendo as lojas localizadas em Minas. Apesar do valor expressivo, ele é 47% menor em relação ao que o Cencosud pagou em 2010, quando comprou o Bretas por R$ 1,35 bilhão. Apesar do valor menor, o novo controlador leva uma operação ligeiramente maior. Há 15 anos, eram 45 unidades em Minas Gerais, além de oito postos de combustíveis e um centro de distribuição, localizado em Contagem. Atualmente, integram a negociação 62 lojas em território mineiro, além dos mesmos oito postos e o centro de distribuição. O Cencosud seguirá operando o Bretas em Goiás, onde mantém 26 unidades. Quando foi vendido ao Cencosud, o Bretas era líder isolado em Minas Gerais no setor supermercadista e ocupava o 7º lugar no ranking da Abras. Nas mãos do gruo chileno,  além de crescer muito pouco organicamente, os chilenos viram os concorrentes ganharem terreno. Hoje, o BH tomou essa liderança, com grande folga, além de ocupar o 4º lugar nacionalmente. O Cencosud vem caindo no ranking ao longo dos últimos anos e, com esta venda, pode perder mais uma posição para outro mineiro: o Mart Minas.

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