O cultivo de flores, atividade tradicional na região do Campo das Vertentes, tem papel de peso como atividade econômica para Minas Gerais. Nesse cenário, há cerca de dez anos, as pesquisas da Epamig e parceiros buscam técnicas inovadoras de produção, como o controle biológico de pragas e o estabelecimento das condições para o cultivo das flores comestíveis que, embaladas pela tradição gastronômica, despontam na região.
Dentre as espécies comestíveis estão capuchinha, amor perfeito, nirá, jambú, calêndula e mini-rosas. A equipe da Epamig faz visitas à propriedade para troca de informações e experiências. “Este trabalho nos dá uma ideia da aceitação e também do desenvolvimento da cultura”, atesta a pesquisadora Izabel Cristina dos Santos.
Nos restaurantes das cidades históricas da região da Estrada Real, ingredientes diferenciados são muito utilizados na confecção de pratos, e dentre esses estão às flores. Em atendimento à necessidade de gerar informações técnicas sobre o cultivo destas flores, pesquisadores da Epamig dedicam-se ao estudo da produção em sistemas agroecológicos.
Os experimentos ainda estão em andamento, mas as primeiras observações com capuchinhas, amor-perfeito e calêndulas já permitem dizer que é possível a produção dessas flores nas condições edafoclimáticas das Vertentes. Além disso, também indica que, para alguns tipos de flores mais delicadas, devem ser adotadas estratégias como o cultivo protegido para preservar as flores de intempéries climáticas.