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Iogurte da Coca sem conservantes

A Verde Campo, empresa de laticínios controlada pela Coca-Cola Brasil, planeja quintuplicar a sua operação de iogurtes nos próximos cinco anos, com a adoção de um novo posicionamento, oferecendo produtos 100% naturais, livres de conservantes, corantes e aromas artificiais. A companhia também espera sustentar o crescimento com a diversificação do portfólio e uso do sistema Coca-Cola de distribuição para disseminar a marca no país, atualmente restrita a 7 mil pontos de venda.

Alessandro Rios, fundador e presidente da Verde Campo (foto), disse que a companhia investiu nos dois últimos anos R$ 50 milhões em seu complexo fabril localizado em Lavras (MG). O objetivo foi ampliar a produção e adaptar sua estrutura para produzir os alimentos sem conservantes, corantes e aromatizantes.

Do total investido, R$ 30 milhões foram destinados à modernização e automação das linhas de produção e envase de iogurtes e fermentados. Outros R$ 15 milhões foram aplicados no aumento da capacidade de estocagem, na ampliação do estacionamento e de escritórios. A estação de efluentes da unidade recebeu outros R$ 5 milhões, para suportar o crescimento da produção. A previsão da companhia é expandir a capacidade de produção de iogurte para 4,5 milhões de litros por mês. A capacidade de processamento de leite dobra, para 9 milhões de litros por mês.

“A mudança envolveu toda a cadeia produtiva. As empresas parceiras também investiram em tecnologia para substituir ingredientes artificiais por naturais”, afirmou Rios. O processo de transformação da produção em 100% natural foi complexo e envolveu fornecedores de polpas de frutas, fermentos, adoçantes, corantes, entre outros ingredientes.

As indústrias de polpas de frutas, por exemplo, automatizaram parte da produção, para preservar a qualidade dos ingredientes sem conservantes. A polpa deixou de ser embalada em plástico e passou a ser transportada em tanques refrigerados de aço inoxidável de uma fábrica para outra.

Também houve mudanças nos ingredientes. A Verde Campo passou a usar, por exemplo, o extrato de beterraba como corante vermelho e cenoura para a cor laranja. A goma guar, extraída de um tipo de feijão, e a pectina, que vem da casca de laranja, passaram a ser usadas como espessantes. O suco de limão foi adotado como acidulante natural.

A Verde Campo também investiu R$ 6 milhões, nos últimos cinco anos, para mudar o sistema de coleta e transporte de leite das 500 fazendas parcerias para o complexo fabril da companhia. Rios disse que o leite também chega à fábrica sem aditivos químicos. A empresa financiou a compra de equipamentos para armazenamento nas fazendas, em caminhões e tanques de coleta mais seguros. O prazo de coleta de leite em algumas linhas foi reduzido de 48 para 24 horas

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