Maior produtora de resinas das Américas, com produção anual de 20 milhões de toneladas, a Braskem já programou para o último trimestre de 2019 uma parada para manutenção de sua mais antiga central de matérias-primas em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Serão investidos recursos da ordem de R$ 300 milhões na limpeza e atualização tecnológica da unidade, visando aumentar a sua competitividade. Todo o processo deve durar pouco mais de 30 dias.
O projeto visa ampliar a área de armazenagem do porto. Cerqueira explica que a nova estrutura vai permitir ainda desafogar o porto, reduzindo a fila de navios. Os investimentos previstos também são da ordem de R$ 300 milhões. “Mas é um número bem preliminar. Precisamos fechar o licenciamento antes e verificar quais os requisitos e exigências que o órgão ambiental (Inema) fará, o que pode demandar mais investimentos”, destacou Cerqueira.
Outro foco da empresa na Bahia tem sido a utilização do gás etano em suas operações. Recentemente, a Braskem investiu R$ 380 milhões na adaptação da infraestrutura logística do terminal de Aratu, na construção de um duto de interligação e na adequação tecnológica de sua unidade de insumos básicos. Tudo isso para ficar menos dependente da nafta. “Estamos vendo se há ainda possibilidade de aumentar a flexibilidade de matéria-prima no Polo de Camaçari”, disse Cerqueira.
Hoje, a planta baiana utiliza 13% de etano mas este percentual pode chegar a 15%. “Este ano, até 13% foi vantagem operar com etano. É um projeto que está indo muito bem”, afirmou Cerqueira, que participou, ontem, ao lado do presidente da Braskem, Fernando Musa, e de outros executivos da companhia, de um encontro com investidores, em hotel na zona sul de São Paulo. Durante a reunião, foi apresentado o balanço da empresa relativo ao terceiro trimestre deste ano e detalhado projetos que estão sendo desenvolvido pelas empresa no Brasil e no exterior, como a construção de uma nova fábrica de polipropileno nos Estados Unidos.