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Produtores querem ampliar circuito do queijo

Produtores mineiros de queijos artesanais reivindicam a inclusão de outras regiões do estado nos circuitos reconhecidos de fabricação do famoso produto típico. O queijo Minas artesanal é encontrado em microrregiões caracterizadas e aceitas pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), com respaldo de estudos que avaliam o processo de fabricação e as características peculiares do local de origem, como a história, a economia, a cultura e o clima.

As áreas mais conhecidas são as de Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro. Pelo menos mais três regiões do estado estão investindo em estudos para ingressar neste circuito. Existem manifestações da região do Pontal do Triângulo, da região do entorno de Itabira e Guanhães e do Sul de Minas.

Os estudos até o reconhecimento de região produtora são longos e detalhados, depois de percebida alguma unidade na fabricação do queijo. São pesquisadas e caracterizadas as condições do clima, relevo, temperatura, a umidade do ar, tipo de solo e água, entre outros fatores que interferem na fabricação. Os produtores têm de arcar com o detalhamento referente ao contexto histórico, montando dossiês sobre os quais quem dá a palavra final é o IMA.

Existe ainda uma vasta produção de requeijão moreno no Norte de Minas, Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, Os estudos para caracterização deste tipo de queijo no estado estão ainda em andamento. Atualmente estão sendo feitos estudos no Noroeste de Minas para identificação e levantamento de informações sobre um queijo de leite cru produzido naquela região, que abrange os municípios de Unaí, Riachinho, Arinos, Bonfinópolis de Minas e Paracatu.

A pesquisa está em fase inicial, mas foi paralisada por falta de recursos. São parceiros neste levantamento o Sebrae, a Faemg, o Instituto Ernesto de Salvo (Inaes), vinculado à Faemg, e a Emater-MG. Trata-se de um queijo quase sempre prensado mecanicamente, com alto teor de sal e que se presta mais ao uso culinário, na produção de pão de queijo, biscoitos e bolos.
Com estudos já iniciados, mas também com pendências, estão os queijos de leite cru produzidos na região chamada de Entre Serras. Essa área compreende, inicialmente, os municípios de Barão de Cocais, Santa Bárbara, Caeté e Catas Altas. Podem, ainda, fazer parte desta pretensa região os municípios de Bom Jesus do Amparo, Nova União e Taquaraçu de Minas.

Com base em informações do IMA, órgão estadual credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Minas conta, hoje, com cerca de 300 produtores mineiros cadastrados, aptos para a produção de queijo Minas artesanal.

O instituto considera queijo Minas artesanal somente aquele que mantém as características de produção artesanal, a partir de mão de obra familiar, com produção em baixa escala e uso de leite cru.

A Emater-MG estima que estejam trabalhando em Minas cerca de 30 mil produtores de queijos artesanais. Desse universo, cerca de 9 mil são de queijo minas artesanal em sete regiões tradicionais de fabricação, caracterizadas e reconhecidas. A produção total aproximada dessas regiões é de 50 mil toneladas por ano

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