No meio de toda a revolução tecnológica, com o predomínio cada vez maior da mídia digital em suas mais variadas vertentes, uma exposição, realizada em Valadares, conta a história da imprensa da cidade desde os primórdios, quando as notícias eram veiculadas em jornais impressos em papel até o surgimento do rádio, seguido pela televisão, o computador e a internet, que “engoliram” os três de uma só vez.
Batizada de “A Imprensa Valadarense: Seus Registros e Importância na História da Cidade”, a mostra está em cartaz no Museu da Cidade, onde permanecerá até o dia 30 deste mês. Para a turma da geração Y (também chamada geração do milênio, geração da internet ou millennials – isto é, os nascidos após o ano 2000), o verso da letra da música “O Tempo Não Para”, do saudoso Cazuza, traduz exatamente o que espera essa galera na exposição: “Eu vejo um museu de grandes novidades”.
Porque sim, para eles, tudo lá será novidade e terá uma história para contar: os aparelhos de rádio antiquíssimos, máquinas de datilografia, um telégrafo, câmeras fotográficas e de vídeo, murais com recortes de publicações locais do passado, além de raríssimos exemplares das primeiras edições dos principais jornais, como “O Lábaro”, primeira publicação noticiosa valadarense, de 1937, e do “Diário do Rio Doce”, fundado em 1958 e ainda impresso diariamente.
“Valadares fez 80 anos em janeiro e a imprensa teve (e tem) um papel importantíssimo na história da cidade. Não por coincidência, foi em setembro de 1808 que começou a circular o primeiro jornal no Rio de Janeiro (“A Gazeta”), marcando o início da imprensa no Brasil. Em 1822, a primeira transmissão de rádio também aconteceu em setembro e, em 1950, também em setembro, foi realizada a primeira transmissão televisiva no país pela TV Tupi. Portanto, setembro tem a ver com comunicação e imprensa – e foi daí que surgiu a ideia desta exposição justamente neste mês”, explica Josmar Coelho, diretor do Museu da Cidade, que prossegue: “A ideia é que a sociedade valadarense conheça a história da imprensa local e a importância que ela teve nesse contexto, sempre presente, mudando rumos e informando. Além disso, é possível ver como eram rudimentares as ferramentas de trabalho dos comunicadores. Venham fazer uma visita”, convida Coelho.
Fonte: Site PMGV