Trabalha com Black Friday? Tenha vantagem ao planejar em conjunto com outras datas-chave: Cyber Monday, 13º salário, Natal, Ano-Novo e Férias.
Os hábitos dos brasileiro nos mostram que o melhor caminho é pensar nesses eventos como uma temporada, em vez de tratá-los isoladamente.
Neste infográfico, vamos olhar para dados de pesquisa e para os sinais deixados pelas buscas, para entender de que maneira os brasileiros se relacionam com a Black Friday, e como ela se tornou uma porta de entrada para novos compradores online.
Vamos ainda mostrar alguns caminhos que podem ajudar o planejamento da sua marca a ganhar eficiência e trazer mais resultados na data.
Uma Sexta-Feira que veio para ficar
A Black Friday já é uma realidade no Brasil. Ela surgiu por aqui em 2010 e precisou de alguns anos de expansão até se consolidar. Em 2014, por exemplo, menos de 30% das pessoas sabiam o que era a data. Hoje o cenário é bem diferente: metade das pessoas conectadas no Brasil são e-shoppers e, para muitas delas, a Black Friday traz uma oportunidade única, que para ser bem aproveitada precisa de planejamento com antecedência. Em 2017, as vendas na Black Friday chegaram a R$ 2,1 bilhões¹.
Universo Digital no Brasil
E quem não compra, tem medo de quê?
Algumas pessoas ainda evitam a Black Friday. Muitas delas desconfiam das promoções que são feitas, o que reflete o estigma da “Black Fraude”, em que as empresas são acusadas de inflar preços antes da sexta-feira e promover “falsos descontos”. Mas a falta de dinheiro é o principal obstáculo para os consumidores que não participaram da data.
Já outras rejeitam qualquer tipo de compra online, e o principal motivo é porque têm medo de sofrer golpes ao jogar seus dados na internet.
Uma porta de entrada para a compra Online
Os números mostram que muita gente está disposta a virar e-shopper, e a Black Friday é uma chance para essas pessoas colocarem os dois pés no mundo das compras digitais.
Nesse cenário, a classe C importa, e muito, já que nela se encontra o maior potencial de novos compradores, seja para a Black Friday, seja para o e-commerce. Nesse grupo estão 90% das pessoas que não compram online e mais de ⅔ dos que nunca participaram da Black Friday. E mais: em 2017, a cada 10 “estreantes” na data, 6 pertenciam à classe C2.
A temporada do “Eu mereço”
E qual é a maior finalidade de compra da Black Friday? O consumo aqui tem características próprias, descoladas dos outros eventos do ano. Nessa hora, a pessoa quer aproveitar boas ofertas e comprar itens para si e para a sua casa; ou seja, produtos de alto valor agregado (como uma geladeira nova, uma TV ou um computador). Em resumo, a Black Friday é a data em que o consumidor diz: “eu mereço”. Não à toa, o produto estrela da data é o smartphone.
E se o cenário brasileiro deixa muita gente insegura, com a sombra da crise ainda forte, há mais racionalidade para consumir. E aí as buscas são uma arma valiosa do consumidor na hora do planejamento, que gasta semanas ou até meses pesquisando modelos e opções até tomar a sua decisão de compra.
Quando as pessoas tiram o melhor da Black Friday, elas querem mais. Na esmagadora maioria dos casos, elas afirmam que vão repetir a dose esse ano; e mesmo as que nunca compraram, não descartam a possibilidade de ter sua primeira experiência em novembro.
Para 46% das pessoas que compram online na Black Friday, o preço ainda é o principal driver de compra, mas elas se preocupam cada vez mais com outros fatores.
E para uma experiência on-to-off completa na Black Friday, muita gente vê a mobilidade como algo fundamental. Aí vem a importância dos apps, que ajudam os compradores a qualquer hora e em qualquer lugar.
Black Friday, uma data Ominichannel
O digital ainda é muito expressivo na Black Friday. Não é à toa que 82% das pessoas que compram na data fazem isso online. Ainda assim, cada vez mais gente tem uma experiência ominichannel, usando a internet para complementar compras feitas em lojas físicas.
Black Friday matando o Natal? #FakeNews
Pensou que o sucesso da Black Friday no Brasil tinha “canibalizado” as vendas do Natal, já que as datas são próximas? Pensou errado: as tendências de consumo são bastante diferentes nos dois eventos. Se na Black Friday as pessoas vão atrás de bens duráveis, como eletroeletrônicos, eletrodomésticos e móveis, no Natal elas querem outros tipos de produtos, como brinquedos e itens de uso pessoal, como roupas e perfumes, além de alimentos e bebidas. Além disso, o número de itens comprados é maior na Black Friday.
Ou seja, as pessoas veem o Natal como uma data para dar presentes, enquanto a Black Friday é o momento de aproveitar oportunidades para si.
Cyber Monday: O timing faz a diferença
Assim como o Natal, a Cyber Monday – a segunda-feira seguinte à Black Friday – traz oportunidades bem específicas. Nela, as marcas podem dar ofertas complementares aos itens vendidos na sexta-feira. Exemplo? A alta procura por serviços financeiros nos dias seguintes à Black Friday, quando as pessoas ficam mais atentas às suas contas pessoais.
Já as buscas por planos pós-pagos também chegam a um pico depois da sexta. Isso é uma sequência à compra de smartphones, uma das categorias mais procuradas na Black Friday.
As lições da primeira data da temporada Black Friday
1. A Black Friday traz oportunidades on e offline
A data é um ótimo exercício para a sua marca trabalhar a integração on e off, garantindo que o consumidor tenha a experiência mais omnichannel possível. Ainda que o peso do digital seja enorme na Black Friday, muita gente tem optado por fazer suas compras offline, ou então por retirar na loja física as compras feitas pela internet.
Considerando o papel gigantesco do mobile nessa jornada de consumo, é fundamental que a sua marca esteja preparada para ajudar as pessoas a qualquer momento, de qualquer lugar. Fique atento à velocidade de carregamento do seu site. Lembre-se também que os downloads de apps aumentam 233% na semana da Black Friday em comparação à média semanal: por isso, ter um aplicativo funcional, rápido de baixar e fácil de usar, é algo que não pode ser esquecido.
2. Esteja presente desde o início
A jornada do consumidor é orgânica, e ele certamente não se guia apenas por um evento ou uma promoção. A etapa de planejamento mostrou ser uma das mais importantes, com consumidores mais racionais e dispostos a fazer boas pesquisas sobre o que comprar na sexta-feira. Já que a concorrência é alta – e a fidelidade do consumidor nem sempre é garantida – trabalhar com antecedência em cada etapa da jornada, interpretando todos os sinais de intenção, é uma forma de se destacar e criar relações mais profundas com o seu público.
Outro dado que reforça isso: na Black Friday, as pessoas estão mais dispostas a arriscar, indo atrás de marcas que não conhecem. Aí pode estar o início de uma relação com novas lojas, fabricantes e produtos.
3. Não é só uma sexta-feira: é uma temporada inteira
A Black Friday é apenas o início de uma temporada de consumo, que também incluiu a Cyber Monday, o 13º salário – que beneficia cerca de 80 milhões de brasileiros – o Natal, o Ano-novo e só termina no Saldão, depois do Réveillon. Daqui para a frente, vamos trazer dados e insights que mostram como cada um desses momentos é marcado por comportamentos e hábitos próprios, algo que fica claro com as intenções de busca.
Além disso, como vimos no caso da Cyber Monday, muita gente reserva suas compras para os dias anteriores e posteriores à Black Friday: quase 40% das vendas do período ocorrem fora da sexta-feira. Isso pode acontecer devido a ofertas pontuais, mas intenções bem específicas podem levar a esse consumo, como é o caso dos serviços financeiros.
Fique atento para aproveitar ao máximo os sinais de intenção do consumidor ao longo de uma jornada que está prestes a começar. Uma maneira de fazer isso é gerando leads, ou seja, prendendo o interesse do seu público desde o início das buscas específicas de cada uma das datas da Temporada (Black Friday, Cyber Monday, 13º etc.), procurando ser ainda mais assertivo na comunicação. Na Era da Assistência, quem sabe atender, cria valor.
Escrito por Maria Helena Marinho (Market Insights Manages – Google)
Fontes: ¹ Ebit 2017 ² Pesquisa Provokers jul/2018