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Itaú agora terá maquininhas de cartão

O Itaú, por meio da marca Credicard, vai entrar no mercado de maquininhas de cartão. A estratégia coloca uma marca muito conhecida para combater a PagSeguro sem canibalizar a Rede, a principal credenciadora do Itaú, cuja oferta de serviços e preço é mais robusta. Enquanto a Rede determina sua taxa em uma negociação individual de cliente a cliente, a Credicard terá uma oferta de preço único, permitindo que o lojista receba em um prazo mais curto, mas embutindo no preço o custo de capital – uma estratégia de precificação conhecida no jargão do setor como ‘MDRzão’.

O cliente não terá a opção de não adiantar o fluxo. Além disso, o preço será igual para todos. O pagamento ao lojista será em D+1 para débito e D+2 para crédito – comparado aos 30 dias usuais. O MDR para crédito à vista – que já embute o custo da antecipação – é de 3,98%.

Considerando as taxas cobradas pela transação e o custo da antecipação de recebíveis, o Itaú diz que sua oferta é de 15% a 42% mais barata que os três principais concorrentes no mercado de microempreendedores individuais (MEIs) – variando das modalidades de débito até crédito parcelado em três vezes, que representam 85% do volume operado no segmento.

A expectativa do banco é vender entre 100 mil e 150 mil maquininhas nos próximos meses e capturar cerca de R$ 1 bilhão em transações até o fim do ano. Assim como a Cielo e a PagSeguro, que apostam em figuras populares como Fabio Porchat e Michel Teló em suas campanhas, a Credicard terá Ivete Sangalo como porta-voz.

Em vez de aproveitar a estrutura da Rede, o Itaú vai entrar como uma nova adquirente ‘full’ com a marca Credicard – que já vinha sendo usada como marca de ‘combate’ do banco com o Credicard Zero, um cartão de crédito sem anuidade criado para concorrer com o Nubank. O processamento será feito pela FirstData, dona das maquininhas BIN.

O Itaú reconhece que chegou com atraso na batalha pelo nicho mais promissor da adquirência, mas avalia que ainda há um amplo mercado para explorar. Na sua avaliação, do mercado de R$ 350 bilhões em processamento de cartões para MEIs, apenas 20% já foram tomados pelos concorrentes.

A Credicard será uma plataforma ‘agnóstica’: o cliente poderá receber na conta-corrente ou poupança de qualquer banco. A venda se dará pela internet e não contará com a força de vendas nas agências. Em um primeiro momento, a Credicard não vai ofertar conta de pagamento – uma modalidade utilizada por players como PagSeguro e a Point, do Mercado Pago – para quem ainda não tem uma conta no nome da empresa. Esse tipo de conta deve vir em uma segunda etapa.

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