O Brasil está longe de ser um exemplo no mundo quando o assunto é compliance. Nesta quarta-feira (18), a TMF Group divulgou a primeira edição The Compliance Complexity Index, com o país ficando na sétima colocação no que diz respeito à complexidade do regime de normas de conformidade.
Emirados Árabes lideram o ranking, seguido de Catar, China, Argentina e Malásia. Na ponta oposta, apresentam menor nível em complexidade, Irlanda, Dinamarca, Curaçao, Honduras e Nicarágua.
O estudo classificou o Brasil com alta complexidade, com as constantes mudanças processuais aumentando as complicações para os empresários. Mesmo sem ter grandes modificações, as alterações para o registro de empresas na junta comercial, na Receita Federal e nas prefeituras aumentam a burocracia.
O relatório destaca o tumultuado clima político e econômico no país, com as eleições presidenciais de outubro servindo para trazer mais incertezas.
O índice examinou a dificuldade de aderir aos regulamentos comerciais em 84 países. A pesquisa inclui tópicos como a facilidade de montar uma empresa; as informações que as empresas devem reportar às autoridades locais; e a dificuldade de cumprir a legislação nacional.
Para a chefe global de compliance e serviços regulatórios estratégicos da TMF, Leila Szwarc, nos últimos anos, a conformidade corporativa internacional tornou-se mais transparente e mais complicada, cara e estressante para os players globais, tudo com o objetivo de nivelar o jogo internacional.
Os 10 países mais complexos do mundo para conformidade corporativa: Emirados Árabes Unidos, Catar, China, Argentina, Malásia, Líbano, Brasil, Vietnã, Polônia,Uruguai.
Os 10 mais fáceis para cumprir regras de governança: Irlanda, Dinamarca, Curaçao, Honduras, Nicarágua, Ucrânia, Luxemburgo, Marrocos, Hungria, Paraguai.