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Casas Bahia e Ponto Frio revertem prejuízo

Os resultados do segundo trimestre da Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, são o retrato do momento da economia brasileira. Eles melhoraram, de fato, mas não a ponto de trazer o otimismo de volta. De abril a junho, a Via Varejo teve lucro líquido de R$ 20 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 85 milhões registrado no mesmo período do ano passado. O mercado estimava lucro de R$ 40,4 milhões – o dobro, portanto. As receitas alcançaram R$ 6,5 bilhões no segundo trimestre, crescimento de 5,1% na comparação anual, mas abaixo do esperado.

Segundo a Via Varejo, a greve dos caminhoneiros no fim de maio – que provocou severos impactos em toda a economia brasileira – reduziu o fluxo de clientes nas lojas, afetando os resultados da empresa. Além disso, argumenta a companhia, os novos aplicativos que facilitam a experiência de compra “ainda não contribuíram com todo o seu potencial para os resultados nesse período”.

Um dia antes da divulgação do balanço, a Via Varejo apresentou novidade. A empresa anunciou que vai migrar para o Novo Mercado, adotando uma única classe de ações como forma de reduzir o diferencial de valor em relação a seus concorrentes na bolsa de São Paulo, a B3.

A dona das redes Ponto Frio e Casas Bahia vai transformar suas ações PN (preferenciais sem direito a voto) em ONs (ordinárias, as votantes) e adotar as outras medidas exigidas pelo regulamento do Novo Mercado, o segmento da B3 que exige governança corporativa mais robusta das empresas.

Apesar de ter faturado o dobro da receita do Magazine Luiza no ano passado, a Via Varejo vale R$ 7,7 bilhões na B3, enquanto a concorrente tem valor de mercado três vezes maior: R$ 24 bilhões. Depois da conversão anunciada, o grupo francês Casino, que hoje tem o controle votante da companhia por meio do Grupo Pão de Açúcar (GPA), passará a votar apenas mediante a parcela que detém do capital total, de cerca de 43%. Os acionistas minoritários votarão, representados por 31,7% das ações em lugar dos atuais 21%.

Segundo analistas o processo de venda da Via Varejo continua em curso, mantidas conversas com players estratégicos locais e internacionais. Em virtude desse processo, o GPA sinalizou que não tem planos de se desfazer de sua posição na Via Varejo. Desde novembro de 2016, quando o GPA anunciou a intenção de realizar o negócio, o mercado apontou a Lojas Americanas, a chinesa Alibaba e a americana Amazon como potenciais compradores. Aparentemente, nenhuma das negociações foi adiante.

Uma outra interpretação é de que o GPA tomou a decisão para mostrar a potenciais compradores que a Via Varejo tem alternativas, como a de continuar independente no longo prazo. A reversão dos prejuízos em lucro pode levar ao consenso de que não é o momento de vender a rede varejista.

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