Estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que mais de 30% dos trilhos ferroviários estão inutilizados e 23% estão sem condições operacionais. No documento, a sugestão é que o caminho para superação dos gargalos do setor passa necessariamente pelo aumento da conectividade do sistema, do tamanho da malha e da velocidade média dos comboios.
Para os especialistas, a malha ferroviária do país é um sistema com deficiências e dificuldades específicas, envolvendo as concessionárias, além da ausência da concorrência no mercado e falhas de interconexão das malhas. Segundo o estudo, as características dos contratos de concessão firmados na década de 1990 geraram estes problemas.
Para a CNI , uma forma de buscar a recuperação do setor é autorizar a prorrogação antecipada desses contratos de concessão, de forma que as concessionárias passem, a partir da renovação, a serem obrigadas a reservar uma parcela da capacidade instalada da ferrovia para compartilhamento e a investir valores preestabelecidos na melhoria e ampliação das malhas.
Não renovar os contratos significa prolongar pelos próximos dez anos o reduzido volume de investimentos e consequentemente os gargalos e trechos saturados disseminados no sistema ferroviário, congelando a atual capacidade de transporte das ferrovias no país.