A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) em parceria com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está produzindo em escala laboratorial a liga didímio-ferro-boro, que origem à fabricação de imãs. O produto é componente-chave de aerogeradores, elevadores e carros híbridos e elétricos.
A primeira fase do programa conseguiu obter o metal didímio a partir do óxido de terras-raras produzido pela CBMM em Araxá. Foi a primeira vez no Brasil que o metal foi produzido. A próxima fase do projeto é a construção de um laboratório-fábrica de imãs de terras-raras da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), em Lagoa Santa, na Grande BH.
A planta com 5,1 metros quadrados está recebendo investimentos de R$ 80 milhões e será a primeira no país. Sua capacidade anual será de 100 toneladas de imãs, capacidade suficiente para atender à demanda da Weg, de Santa Catarina, parceira do projeto e especializada na fabricação e comercialização de motores elétricos, transformadores e geradores eólicos (foto).
A produção de imãs de terras-raras em Minas Gerais irá reduzir a dependência do Brasil da importação do produto. A China tem o monopólio de 97% da produção mundial do óxido de terras-raras e limita a exportação através de cotas.
Também são parceiros do projeto a Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN) e as empresas Imag e Brats.
