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Minas terá usina de energia solar inédita

Empreendimento fotovoltaico instalado pelo grupo Alsol no Piauí serviu de modelo aos investimentos que estão sendo feitos em Minas

 

Minas Gerais, o estado que mais utiliza equipamentos para gerar energia solar, terá uma novidade no setor. A primeira usina de minigeração de energia solar conectada à rede no país terá potencial para fornecer aproximadamente 480kWh/ano. O projeto da Cemig em parceria com a Alsol Energias Renováveis, do Grupo Algar, está recebendo investimento de R$ 22,7 milhões, sendo R$ 17,5 milhões aplicados com recursos próprios da concessionária e outros R$ 5,2 milhões assumidos pela Alsol.

Até então, todas as usinas que já operam em Minas fornecem energia para a rede durante o período em que a luz solar está presente, mas no momento em que o sistema é mais demandado essa contribuição não pode mais ser dada. Isso, porque a tecnologia opera por disponibilidade, não de acordo com a demanda. Com a nova usina, essa lógica é invertida, já que ela mescla o envio da energia para rede e o armazenamento ao longo do dia com a presença do sol. A partir das 18h a tecnologia permite que seja injetado na rede seu potencial de 1MW por até três horas, justamente o período de maior demanda.

A usina, que fica em Uberlândia, possuirá 1.152 placas de geração fotovoltaica conectadas a baterias, inovação importante para o Brasil, com reflexos no exterior. A tecnologia nacional traz características ambientais importantes, já que usa três tipos de baterias que seriam descartadas no meio ambiente, mas que no sistema ainda podem ser reutilizadas. Também está planejado o desenvolvimento de um hardware que possibilitará que o tradicional inversor fotovoltaico seja acoplado às baterias sem a necessidade de troca por um modelo híbrido, que tem alto custo.

A nova usina é parte de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) proposto pela Cemig e aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em abril do ano passado. A energia que será gerada é suficiente para atender pelo menos 250 residências com consumo médio de 150 kWh/mês. A ideia é que a energia gerada na usina de Uberlândia seja utilizada por empresas com elevado consumo de energia no horário de ponta brasileiro, no modelo de geração compartilhada. A geração anual de energia limpa pela unidade será equivalente a mais de 66 toneladas de CO2 neutralizado e 266 unidades de árvores plantadas.

A usina dispõe de 1.152 placas que captam a luz solar ao longo do dia. O inversor faz com que parte da energia gerada seja encaminhada diretamente à rede e outra parte seja direcionada às baterias, que vão acumulando o potencial energético. A partir das 18h, a tecnologia desenvolvida em hardware passa a injetar na rede o insumo que foi armazenado nas baterias, por meio de um equipamento chamado de retificador.

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