A indústria automobilística registrou em abril o melhor mês em vendas desde dezembro de 2015. Além disso, foi também o melhor abril desde 2015 no mercado interno. Foram licenciados em todo o país 217,3 mil veículos, uma alta de 38,5% em relação ao mesmo mês de 2017. Segundo números divulgados nesta segunda-feira (7) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas acumuladas do ano – 762,8 mil unidades – representaram um avanço de 21,3% na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado.
O presidente da Anfavea, Antonio Megale, disse, no entanto, que, apesar da recuperação contínua, as vendas de veículos ainda não atingiram o ritmo médio dos últimos dez anos. A média acumulada nos primeiros quadrimestres da última década foi de 951 mil veículos. Abril representou ainda para a indústria automobilística o segundo melhor mês da história em exportações de veículos, sendo ultrapassado apenas pelo mês anterior. Foram embarcados 73,1 mil veículos, o que representou uma alta de 19,5% em relação a abril do ano passado.
As vendas externas representaram uma receita de US$ 1,4 bilhão, um avanço de 36,8% na comparação com abril de 2017. No acumulado do ano, as exportações de veículos somaram US$ 4,6 bilhões, o que representa crescimento de 20,9% em comparação com o primeiro quadrimestre de 2017. A exportação acumulada no ano atinge 253,3 mil veículos, alta de 7,50% em relação ao mesmo quadrimestre do ano passado. A entidade apontou ainda que a produção de veículos no Brasil cresceu 40,4% no quarto mês deste ano, num total de 266,1 mil unidades. Megale, lembrou que foi o 18º mês consecutivo de crescimento.
No acumulado do quadrimestre, a produção total de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus somou 965,8 mil unidades, um crescimento de 20,7% perante os primeiros quatro meses de 2017.
O nível de emprego na indústria automobilística continua em elevação, mas em ritmo muito mais lento do que o da produção. O número de empregados nas fábricas de veículos totaliza hoje 112,8 mil pessoas, o que representa aumento de 4,3% em comparação com o quadro efetivo de um ano atrás
Apesar da retomada, parte do efetivo continua afastada ou em programa de jornada reduzida. Um total de 1,6 mil trabalhadores está em dois programas – o de “lay-off” (suspensão temporária de contrato) e o seguro-emprego, que permite redução da jornada.