A alta dos preços internacionais do aço, os maiores volumes de venda e ganhos mais robustos de suas controladas e coligadas, levaram a ArcelorMittal, maior siderúrgica do mundo, a um crescimento de 19% no lucro líquido do primeiro trimestre, totalizando US$ 1,19 bilhão, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (11). A empresa elevou a receita líquida principalmente em razão de suas operações da Europa.
A ArcelorMittal produziu 1,3% menos aço, ou 23,3 milhões de toneladas, mas as vendas avançaram 0,9% na mesma comparação, para 21,3 milhões de toneladas, enquanto as de minério de ferro a preços de mercado subiram 4,6%, para 9,1 milhões de toneladas.
O Brasil foi grande destaque do resultado. A partir de suas unidades no país, foram embarcadas no mercado interno ou no externo 2,48 milhões de toneladas de aço, 11,5% de expansão. Puxou essa forte alta um aumento de 26,4% do volume de aços longos comercializados, para 1,1 milhão de toneladas.
No segmento de planos, o incremento foi de 2 ,6%, para 1,4 milhão de toneladas. Com isso, a receita brasileira da ArcelorMittal ficou 23,5% maior no trimestre, em US$ 1,99 bilhão. A rentabilidade também melhorou. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 50,4%, para US$ 370 milhões, com a margem indo de 15,3% para 18,6%.
Isso porque não só as vendas aumentaram, mas também o preço médio praticado: 10,9% a mais, em US$ 752 por tonelada. No Nafta, que reúne Canadá, Estados Unidos e México, as vendas caíram 0,9%, para 5,56 milhões de toneladas, mas a receita líquida teve alta de 6,6%, para US$ 4,75 bilhões, principalmente porque o preço médio avançou em 8,3%, para US$ 8,3%, para US$ 779 por tonelada. A imposição de sobretaxas à importação de aço nos EUA tem ajudado na disparada da cotação do aço por lá.