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Indústria teme reajuste da Cemig

 

Faltando um mês para a entrada em vigor da revisão das tarifas da Cemig pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), – que promete ser a maior da última década –, a indústria mineira teme que o aumento nas contas de energia leve à perda de competitividade e ameace as empresas com o fechamento de fábricas.  Se permanecerem os percentuais já divulgados, a conta vai ficar 34,41% mais cara para o setor industrial e 22,63% para consumidores residenciais, acréscimo, em média, de 25,87%.

O prejuízo será maior para setores como mineração, siderurgia, ferroligas, em que o gasto com energia pode chegar a quase 50% do custo de produção. A elevação chega num contexto em que a conta de luz já pesa para a indústria cinco vezes mais do que a inflação medida entre 2000 e 2016. O ciclo de revisão tarifária da Cemig é feito de quatro em quatro anos com o objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessão.

A Cemig atende 8,3 milhões de unidades consumidoras localizadas em 774 municípios de Minas Gerais. No estado quase 60% do consumo de energia vem do setor industrial. Segundo o superintendente de ambiente de negócios da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Guilherme Leão, o aumento da tarifa ameaça alguns setores de fechamento, cuja participação de energia no custo de produção representa mais de 40%.

O presidente eleito da Fiemg, Flávio Roscoe, que também é presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Malhas no Estado de Minas Gerais (Sindimalhas-MG), destaca que a revisão tarifária está tirando o sono do segmento têxtil. Nos cálculos da entidade, a revisão trará impacto de 2,5% a 4% no custo final dos produtos. Os novos valores definitivos das contas de luz entrarão em vigor a partir de 28 de maio.

A Cemig informou apenas que a tarifa das distribuidoras é determinada pela Aneel, não cabendo à concessionária a decisão sobre qualquer valor a ser aplicado. No início do mês, a Cemig divulgou balanço financeiro do ano passado, quando registrou lucro líquido de R$ 1 bilhão, quase o triplo do ano passado (R$ 335 milhões.

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