A Suzano Papel e Celulose anunciou, em fato relevante na última sexta-feira (16) enviado à Bolsa de Valores de São Paulo, a assinatura de acordo que resultará na combinação dos ativos e bases acionárias da Suzano e da Fibria Celulose S.A. A operação será concluída após a aprovação pelas Assembleias de Acionistas da Suzano e da Fibria e da análise e aprovação pelos órgãos reguladores, entre outras condições precedentes usuais para este tipo de transação. Após a conclusão da operação, a Suzano será a maior empresa brasileira do agronegócio e a 5ª maior companhia não financeira do Brasil.
A companhia resultante dessa união terá 37 mil colaboradores (diretos e terceiros), com ativos estrategicamente posicionados no Brasil e no mundo. Com 11 unidades industriais e capacidade de produção anual de 11 milhões de toneladas de celulose de mercado e de 1,4 milhão de toneladas de papel, com volumes anuais de exportação de cerca de R$ 18 bilhões e investimentos anuais previstos para 2018 de aproximadamente R$ 6,4 bilhões. Seu custo caixa estará entre os mais baixos do mundo no setor, solidificando sua eficiência e ampliando sua competitividade no mercado internacional, disputado por mais de 50 players.
“Estamos anunciando uma transação equilibrada e que reafirma a nossa estratégia de negócios”, explica Schalka. O compromisso firmado entre os controladores da Suzano e da Fibria estipula que uma ação da Fibria receberá R$ 52,50 por ação, corrigidos pelo CDI desde esta data até a liquidação financeira da operação, além de 0,4611 ação da Suzano, ajustadas conforme os documentos da operação.
A Suzano lançará ADR Nível 3 na Bolsa de Nova York (NYSE), manterá classe única de ações, 100% de Tag Along e passará a ter Free Float superior a 50%. Nos próximos meses, a Suzano buscará os registros pertinentes na SEC (Securities and Exchange Commission), ou terá obtido sua isenção, e serão convocadas as Assembleias de acionistas da Suzano e da Fibria.
A empresa terá forte geração de caixa, foco em Investment Grade, e reforça sua Política Financeira, que prevê uma alavancagem alvo entre 2,0 e 3,0 vezes Dívida Líquida/EBITDA no longo prazo. Estimativas preliminares de analistas indicam valor presente de sinergias de cerca de R$ 8 a R$ 10 bilhões nas áreas florestal, de logística e suprimentos, entre outros. A transação contou com linhas de financiamento de um grupo de bancos internacionais (BNP Paribas, J.P. Morgan, Mizuho e Rabobank).