Nippon Steel, acionista do bloco de controle da Usiminas, terá ações julgadas hoje e pode gerar instabilidade no processo de recuperação da siderúrgica
Segundo a coluna de Raquel Faria do jornal “O Tempo”, grandes decisões judiciais, estão na pauta do TJMG questões ligadas à presidência da Usiminas. A sócia Nippon Steel, que liderou depois de comandar a empresa por décadas, convive com uma diretoria (sobretudo, Diretor-presidente)cuja escolha foi definida pela maioria do conselho de administração e que, por sua vez, conta com a anuência e respaldo do principal acionista, o grupo italiano Ternium/Tecchint.
A jornalista afirma que hoje, isolada no Conselho Administrativo, a Nippon não tem como derrubar, no voto, o atual presidente, Sérgio Leite. Contudo, moveu 05 ações contestando a decisão do conselho pelo atual CEO valendo-se da Justiça para reconduzir o ex-presidente Romel Erwin de Souza (já moveu cinco ações). Agora, a Nippon pode, com isso, impedir a reeleição de Leite, que caminha para ser reconduzido em abril – se a Justiça não intervir, conclui Raquel Faria.
A preferência por Sérgio Leite
Raquel demonstra, ainda, que a preferência dos conselheiros da Usiminas por Leite tem base em dados. Durante os dois períodos de sua presidência, o valor de mercado da empresa subiu forte. Nesta gestão, de março 2017 até este mês, a alta foi de 101%. Antes, em 2016, havia sido de 164%. Já os períodos em que a presidência esteve com Rômel Souza, executivo da Nippon, o valor da empresa caiu 63% (janeiro 2015 a maio 2016) e 3% (outubro 2016 a março 2017).
Fonte: Raquel Faria, O Tempo.