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Samarco pode voltar a operar em 6 meses

Mineradora obteve LP e LI concomitantemente e pode voltar a operar em 06 meses com 26% de sua capacidade nominal.

A Samarco obteve avanço importante nessa segunda-feira (11) para retomar as operações em Mariana. A empresa obteve seu pedido de licença prévia (LP), concomitantemente com a licença de instalação (LI), para uso da cava Alegria Sul para deposição de rejeitos aprovadas pela Secretaria de Estado de Meio ambiente e desenvolvimento. A concessão vai permitir começar os trabalhos de adequação e preparação da cava para receber os rejeitos de minério. Ainda assim, falta aprovação da licença de operação corretiva (LOC) de todas as estruturas do complexo de Germano para que possa voltar a operar.

A retomada da produção

A retomada da produção será gradual, com capacidade reduzida. A proposta de retomada da Samarco, apresentada no processo de Licenciamento Operacional Corretivo (LOC), incorpora novas soluções no tratamento de rejeito, com aumento da segurança e da recirculação de água no processo produtivo. O LOC visa regularizar as licenças ambientais do Complexo de Germano, em Mariana e Ouro Preto (MG), e da Estação de Bombas em Matipó (MG), suspensas em outubro de 2016 por determinação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad). O processo também regularizará obras emergenciais realizadas para contenção dos rejeitos após o rompimento da barragem de Fundão.

De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do LOC, protocolado em setembro deste ano junto à Semad, a Samarco planeja implantar a filtragem de rejeito arenoso, que corresponde a 80% do total de rejeitos gerados após o beneficiamento do minério de ferro, e o adensamento de lama, que representa os outros 20%. A filtragem retirará a água do rejeito arenoso, permitindo o empilhamento do material. O adensamento de lama, que também retira água do rejeito, reduzirá o volume que será destinado à cava de Alegria Sul, que é a área em que a Samarco pretende depositar os rejeitos do beneficiamento, em substituição à barragem. Ambos os processos permitirão a recirculação da água na produção.

Empilhando rejeitos arenosos e depositando a lama adensada em cava, a Samarco desenvolveu uma solução que ampliará a vida útil da cava de Alegria Sul de 20 meses para cinco anos, sem alteração do projeto proposto. O uso dessa estrutura para dispor rejeito depende de outro processo de licenciamento, que está em fase final de análise pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).

26% da capacidade

Uma vez obtida a Licença de Instalação da cava de Alegria Sul, a Samarco precisará de cerca de seis meses para fazer a preparação da área. A cava é a estrutura resultante do processo de lavra a céu aberto. Por possuir uma formação rochosa e estável, permite a contenção segura do rejeito nela depositado. A empresa acaba revisando para baixo seu projeto de retomada com 60% da capacidade, devido ao indeferimento de Santa Bárbara ao pedido de anuência para captar água do município.

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